Medo
O medo é uma emoção básica, presente em todo o reino animal com o objetivo de garantir a sobrevivência da espécie.
Diante de um estímulo estressor, nosso organismo, de maneira automática e imediata, libera uma série de compostos químicos que resultam no aumento da freqüência cardíaca, aceleração na respiração e energização dos músculos - preparando o nosso organismo para a fuga ou o enfrentamento.
Ao mesmo tempo, um outro mecanismo entra em ação, buscando analisar, através das experiências anteriores que se assemelhem ao estímulo estressor, se realmente existe a necessidade do medo, e a maneira adequada de agir.
Desta forma, ao ouvirmos a porta da frente bater no meio da noite, temos a reação de medo, nos lembramos que alguém saiu e deve estar voltando, e, aos poucos vamos nos acalmando. Essa última parte acontece de maneira mais lenta, pois as substâncias químicas que provocam as reações corporais ao medo já encontram-se dispersas em nosso organismo, e demoram para serem eliminadas.
Diante disso, diante de um estímulo que nos desperte medo, nossa primeira reação é de fuga ou luta.
O problema disso é que não é difícil conhecermos pessoas que tornam uma destas atitudes as suas reações principais (e muitas vezes únicas) diante do medo... Podemos ver esse comportamento nas pessoas que partem pro ataque - verbal ou físico - ao menor sinal de ameaça; ou nas que fogem e evitam resolver qualquer situação que sintam como ameaçadora.
Em ambos os casos a reação instintiva cala a ponderação e análise, tornando com frequência, muito maiores os problemas a serem enfrentados depois da reação.
É claro que existem situações na qual a reação instintiva nos ajuda, tirando-nos de situações de risco de morte ou ferimentos; porém, a grande maioria dos estímulos estressores da vida moderna são melhor solucionados quando, ao invés de fugir ou atacar, brecamos a REAÇÃO, deixamos que o mecanismo de análise faça o seu trabalho (e trabalhamos junto com ele) e AGIMOS de maneira a solucionar os problemas.
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