Postagens

Mostrando postagens de 2011

Tristeza materna, depressão e outros quadros do pós-parto

Imagem
Você passou nove meses aguardando ansiosamente o nascimento do bebê. Preparou o quarto com carinho, organizou roupas e brinquedos, e, agora que o bebê nasceu tudo é só alegria, certo? Nem sempre... No puerpério (período pós-parto) a mulher está, por diversos motivos, mais sujeita a alterações de humor, inclusive psiquiátricas, que podem tornar este momento delicado e confuso, e, em alguns casos, atrapalhar inclusive o estabelecimento do vínculo mãe-bebê. Muitas mudanças ocorrem, para a mãe, após o nascimento do bebê. Mudanças biológicas, psicológicas e sociais. Após o parto, a mulher sofre uma abrupta queda nos níveis dos hormônios progesterona e estrogênio, o que, por si só, já é um motivo para alterações de humor; porém, além dos hormônios, existem também fatores psicológicos e sociais que tornam este um momento delicado. Quando estava grávida, a mãe teve meses para adaptar-se a essa nova situação. Possuía uma intensa relação com o bebê, que fazia parte dela mesma...

Auto-estima

Imagem
Acontece com quase todo mundo... Você está bem e feliz, e alguma coisa acontece que faz com que você comece a questionar a si mesmo... Pode ser um projeto que não deu certo, um problema em um relacionamento, um feedback do chefe, um encontro com um ex... Diferentes situações podem disparar o botão da auto-depreciação... Por que isso acontece?? O que é essa tal de auto-estima? Vamos lá, como o nome diz, auto-estima é a capacidade de um indivíduo de gostar de si mesmo e aceitar-se. Essa capacidade influencia todos os aspectos da vida que levamos. Nossos relacionamentos, vida profissional, vida social, familiar... todos os aspectos de nossa existência sofrerão a influencia dessa coisinha chamada auto-estima... Mas como ela se forma? Podemos analisar algumas informações: - Se considerarmos uma visão voltada para a Psicanálise, fatores relacionados à gestação e primeira infância devem ser analisados. O desejo ou não da gestação por parte dos pais, a relação que foi se estabelecen...

Crianças, consumismo e a eterna felicidade

Imagem
Hoje deixo uma indicação de filme, de um texto e um convite... e, pra facilitar, o filme está inteiro no youtube. O filme é o documentário "Criança - A alma do negócio" (parte 1 abaixo) O texto está nesse link: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI247981-15230,00.html O convite é que paremos para pensar a respeito dos efeitos que essa cultura do consumismo tem sobre nossa sociedade, nossa cultura, nossos relacionamentos. Não limito esse convite aos pais, embora o documentário sirva de alerta principalmente a eles e áqueles que têm contato próximo com crianças. A reflexão, vale para todos. Que tipo de mundo estamos formando quando educamos nossas crianças para a valorização do comprar, do ter, muitas vezes sem nem utilizar o produto comprado? Como fica a nossa responsabilidade com o futuro quando as crianças que estão preferindo comprar à brincar, e quando pais têm medo de dizer não, de frustar as crianças, de ensinar que algumas coisas têm ...

No meio do caminho tinha uma escolha

Imagem
No meio do caminho tinha uma escolha. Tinha uma escolha no meio do caminho... E diante disso muitos de nós ficamos parados; paralizados pela nossa incapacidade de escolher... No mundo atual, frequentemente nos acostumamos com o consumismo que nos ensina o "e". Eu não quero isso ou aquilo, quero isso E aquilo, e, muitas vezes, quando temos que escolher, é só uma questão de escolher o que virá primeiro (eu terei isso agora E aquilo no futuro). As escolhas, na vida, nem sempre são tão fáceis. Às vezes não existe a possibilidade do "e". Algumas escolhas são incompatíveis entre si... Ficar parado não soluciona o problema. Pode ser útil, por um tempo, enquanto se avalia melhor todas as possibilidades, mas o momento da decisão sem dúvida chegará; e então... como agir? Escolher está sempre ligado ao desapego. Quando escolho A, tenho que desapegar de B, C, D, E... Ou então passarei a vida cogitando possibilidades. O seu único momento é o agora, e, ao nos apegarmos...

A MORTE

Imagem
Como prometido, essa semana escreverei sobre a morte; assunto frequentemente temido e evitado, mas que, no final, trata-se a única certeza que todos nós podemos ter: Vamos morrer! Nossa morte pode estar próxima, pode estar distante, mas todos nós, um dia, morreremos. Então porque este tema é tabu? Não deveria ser exatamente o contrário? Não deveríamos falar e pensar sobre isso com frequência? Não deveríamos nos preparar para este momento tão importante, ou, ao menos, encará-lo como algo natural? Na pré-história, a morte era encarada dessa maneira: como parte de um ciclo. É na Antiguidade, que que surge o medo da morte. São quando as religiões se estruturam que advém o medo do julgamento final, e consequentemente o medo do morrer, e, apesar de ainda ser tratada como algo a ser respeitado e encarado como natural, a morte passa também a ser temida. O Iluminismo e o Positivismo tiram definitivamente, a morte do âmbito das coisas naturais, que devem ser vivenciadas....

Perdas emocionais

Imagem
Quase todos nós temos dificuldades para lidarmos com perdas, sejam elas perdas materiais, emocionais ou a perda de entes e pessoas queridas, incluindo-se neste item não apenas a perda daqueles que morrem, como também daqueles que simplesmente saem de nosso convívio frequente, pelo fim de relacionamentos. Irei, em um outro momento, falar sobre morte e relacionamentos... Hoje quero falar das perdas emocionais. O processo de amadurecimento passa inevitavelmente pelo aprendizado de como lidar com perdas. O feto, ao nascer, perde a proteção do útero e a simbiose total com a mãe; o bebê, para descobrir o mundo, deve perder a ilusão de que o criou; a criança ao crescer, deve perder o seio da mãe e todas as vantagens de ser um ser totalmente dependente; o adolescente não amadurece sem antes perder a ilusão dos pais perfeitos... É assim durante toda a nossa vida... Conforme vamos passando para novas fases, temos perder o velho para abrirmos espaço para o novo. Essas perdas frequ...

Superproteção X Autonomia

Imagem
Criamos nossos filhos para o mundo, ou pelo menos, esse deveria ser o maior objetivo dos pais. Para isso, porém, é preciso criar as crianças com liberdade suficiente para que se desenvolvam com autonomia, sendo esta entendida como a capacidade de fazer escolhas, aceitar limites e reconhecer erros. A proteção da prole é característica fortemente presente no meio animal, e visa possibilitar a sobrevivência da espécie. Entre nós, humanos, é, ainda, característica desenvolvida social e culturalmente, estando presente inclusive em nossa legislação. Os filhos precisam da proteção dos pais, tanto quanto precisam de liberdade. Dosar as duas coisas, é o possibilitará a criança um desenvolvimento saudável. É tendo contato com os vírus e bactérias presentes no meio ambiente que adquirimos imunidade; é errando que aprendemos a acertar e a nos responsabilizarmos por nossos erros; é através da frustração que aprendemos que não somos mais importantes que os outros, e adquirimos o amadurecimento...

Medo

Imagem
O medo é uma emoção básica, presente em todo o reino animal com o objetivo de garantir a sobrevivência da espécie. Diante de um estímulo estressor, nosso organismo, de maneira automática e imediata, libera uma série de compostos químicos que resultam no aumento da freqüência cardíaca, aceleração na respiração e energização dos músculos -  preparando o nosso organismo para a fuga ou o enfrentamento. Ao mesmo tempo, um outro mecanismo entra em ação, buscando analisar, através das experiências anteriores que se assemelhem ao estímulo estressor, se realmente existe a necessidade do medo, e a maneira adequada de agir. Desta forma, ao ouvirmos a porta da frente bater no meio da noite, temos a reação de medo, nos lembramos que alguém saiu e deve estar voltando, e, aos poucos vamos nos acalmando. Essa última parte acontece de maneira mais lenta, pois as substâncias químicas que provocam as reações corporais ao medo já encontram-se dispersas em nosso organismo, e demoram para se...